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Expedição ao Sul da Américado Sul

  • Foto do escritor: Bioimagens Consultoria Ambiental Ltda
    Bioimagens Consultoria Ambiental Ltda
  • 8 de out. de 2024
  • 2 min de leitura
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Técnicos do Instituto Conectar Ambiental realizaram uma viagem de carro para estudos, partindo de Porto Alegre em direção à Patagônia árida extra-andina, na Argentina. Através da Ruta Nacional 3, que atravessa o país desde a Província de Buenos Aires até a Terra do Fogo, foram sendo registrados aspectos naturais a partir de Bahía Blanca até Punta Tombo, passando pela Península de Valdés. Foram percorridas vias asfaltadas e estradas de rípio, passando por áreas interiores e litorâneas das Províncias Biogeográficas do Espinal e do Monte, até o limite com a Província Patagônica. Esta porção da América do Sul inclui subducções (descida da placa tectônica mais pesada sob a mais leve) e acreções (aglutinações de massas continentais menores) originadas da fragmentação do Gondwana e da colisão envolvendo as placas tectônicas Nazca, Antártica e Scotia. Esta é considerada a maior zona de subducção da Terra e, nela, foi erguida a Cordilheira dos Andes. Simplificando este processo, pode-se dizer que a Patagônia Argentina foi o fundo do mar que soergueu quando nasceu a Cordilheira dos Andes, o que é atestado ao olhar menos especializado pelos salares (depósitos de sal) e pela riqueza de fósseis marinhos aflorando na região. Este processo descrito de maneira simplificada contou com regressões e transgressões marinhas acompanhadas de eventos climáticos que deram origem à base da flora e fauna que formam a comunidade patagônica. Este processo de interação e transformação é dinâmico, houve uma grande transformação geológica que levou a uma adaptação da vida no local. O homem fez várias investidas de colonização desta região, o seu maior obstáculo foi o vento sul, como muito bem relatado na obra Barridos Por el Viento: Historias de la Patagonia Desconocida (2004), do autor Roberto Hosne, publicado pela Editorial Guadal. Hoje, o homem não apenas se adaptou ao vento, como o utiliza para gerar energia, e vem cada vez mais ocupando e explorando os recursos naturais da região. Este avanço cobra o seu preço, com a perda do ambiente natural, a invasão de espécies exóticas e tantos outros eventos associados à expansão humana que, espera-se, associe-se aos conceitos de sustentabilidade clamados pelo povo Argentino. Povo este que estampa o seu patrimônio imaterial ao longo das estradas com o culto ao santo pagão Gauchito Antonio Gil, que teria nascido em 1840 na cidade de Mercedes (Província de Corrientes) e operado milagres junto ao povo mais humilde. Não é incomum nas estradas, as capelas, imagens ou simplesmente fitas vermelhas fazendo alusão ao Gauchito Gil, como veremos na sequência. Leia mais....


 
 
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